Imagens de satélite feitas pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) mostram uma extensa mancha de sedimentos descendo desde os rios do interior do Estado, chegando no Guaíba e se espalhando pela Lagoa dos Patos, no movimento vazante rumo ao Oceano Atlântico. A pluma é formada principalmente por fragmentos de solo e rocha, contendo resíduos de materiais poluentes. A situação é consequência das enchentes e pode causar assoreamento e danos ambientais.

O nível da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, começou a subir causando enchentes em cidades como Rio Grande e São José do Norte. Mais de 600 pessoas foram resgatadas, com a água ultrapassando a cota de inundação em 66 centímetros. As chuvas intensas afetaram diversas regiões do estado, levando a alagamentos e desabrigando milhares de pessoas. A situação é de emergência, com serviços essenciais comprometidos e vias bloqueadas. A previsão é de que o nível do lago diminua lentamente nos próximos dias, mas os danos e vítimas já são expressivos.

A enchente no Sul do Rio Grande do Sul piorou nas últimas horas, atingindo marcas recordes com a elevação das águas da Lagoa dos Patos. O Canal São Gonçalo em Pelotas alcançou a cota de 3,00 metros, superando a enchente de 1941. Em São Lourenço do Sul, o nível da lagoa ultrapassou a marca história de 2,80 metros. O agravamento da enchente se deve à mudança do vento e à grande onda de vazão retida. O número de ruas alagadas aumentou, assim como o número de abrigados, com a situação podendo variar nos próximos dias devido às condições do vento.

Após atingir o nível máximo de 5,25 metros na terça-feira (14), o nível do Guaíba em Porto Alegre baixou para 4,98 metros nesta quinta-feira (16), ficando abaixo dos 5 metros pela primeira vez desde o início da semana. Apesar da situação de alerta no sul do estado, moradores começam a retornar para suas casas após o transbordamento do lago. Enquanto a água começa a recuar, hospitais inundados e unidades de saúde sem luz e água afetam a região, com a necessidade de voluntários para atuar. O nível da Lagoa dos Patos no sul do estado também preocupa, subindo 30 centímetros em 48 horas.

O nível do Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, sofreu uma redução no sábado (11), ficando em 4,59 metros, de acordo com a ANA. Apesar disso, várias áreas da cidade continuam alagadas e enfrentam problemas de abastecimento de água. O foco agora se volta para a Lagoa dos Patos, onde a altura da água preocupa as autoridades. As chuvas no Rio Grande do Sul já afetaram mais de 2 milhões de pessoas, com desalojados, desabrigados e vítimas fatais.

No sul do estado do Rio Grande do Sul, a direção dos ventos mudou, causando uma alta no nível da Lagoa dos Patos e ampliando os alertas contra enchentes nas cidades da região. Hospitais em Rio Grande começaram a remover pacientes, incluindo casos graves transportados para outras localidades. Moradores tiveram que deixar suas casas, preocupados com a falta de luz e água. A prefeita de Pelotas pede para que as áreas de risco sejam evacuadas. A previsão é de que a situação piore nas próximas horas, com a lagoa atingindo níveis ainda mais altos.